Pensamento solto

8 06 2010

Há um desespero em minh´alma. A olhos nús pode ser um vôo de libertação. Mas à mim não passa de um grito incompreendido de ave de rapina. É um amontoado de letras numa faringe agúda e cheia de vida.

Sou ou somos um segredo desvendado? Não sei. Eu que o tempo todo, desde rebento me incomodei com estas frepinhas de pré moldura, nunca me conformei com as conclusões corriqueiras. E é por isso que hoje faço questão de explicar-lhe, e por favor se faça atento, pois esta talvez esta seja a maior constatação dentro da sua passagem por aqui.

As conclusões todas, sem excessão, sempre falham. Porquê depois delas só nos resta a dúvida. Elas sentenciam o fim baseadas em pré começos mal sucedidos. São sórdidas, mesquinhas e incompletas. Afinal depois de concluir algo o que nos resta? O beijo na boca do morto? Ou o temeroso e deslocado encontro do eu para consigo mesmo?

No fundo, conclusões só geram perguntas. E ainda que não haja nada além da minha insanidade profana e perdida, somada a uma imagem sua distorcida dos meus votos de casamento, eu necessito saber em letras garrafais, na verdade, eu preciso; Quem te disse que quero casar? Quem? De onde vieram essas conclusões tão suadas? Me me soam tão íntimo este final, para um primeiro encontro precipitado. Me diga por que fresta ou olhos meus você viu este desejo, para tão cerne sentenciar me a isso?

Disesse que não queria, que não sentia nada em nenhum dos beijos meus. Eu me contatentaria satisfeito e dormiria tão mais tranquilho. Não me restaria a sensação estapafúrdia de que me leu apenas nos paragrafos compasados que apresento a humanidade. Nem que usou suas repostas prontas para esclarecer à mim, tendo como base uma simples troca de salivas.

Por isso hoje saio de ser para você ou qualquer um, mera constatação – tão fácil, tão hibrida – sofrida e pobre. Para me absorver do nada que vêm de encontro a mim. Absolutamente inconcluso, inacabado e sem fim. 

Pois no fundo não sabes, eu me purifico no nada, e só o nada advém a olhos nú dos que vêem à mim.


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Uma resposta

10 06 2010
licascalho

Volátil! O desconexo é sempre mais típico dos apáticos as imposições, se do nada se purifica, somente constato, que do nada viverei! Pois navego calmamente nesse mar sólido e frio que se tornou o nosso cotidiano!
Palmas e aclamações é somente assim que posso finalizar!
Parabéns mais uma vez!
Beijos

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